Numenera tem um cenário maravilhoso. É um mundo que já passou por tantos apocalipses que não dá mais pra saber que ano é. A sociedade regrediu, as pessoas usam carroças. Mas pedaços de tecnologias sobreviveram: um motor de carro, um computador... ou até mesmo um teletransportador! E as pessoas desse mundo podem até encarar isso como magia!
O narrador decidiu usar não o sistema de Numenera, mas o sistema A Pilha (The Pool). É um sistema deliciosamente simples (o livrim tem 8 páginas), onde a gente não tem uma baita ficha cheia de habilidades e atributos. A gente tem que colocar umas duas ou três frases. As minhas eram: "charmoso trambiqueiro", "rei das gambiarras" e "aprendeu a se virar nas ruas".
Com charmoso trambiqueiro ele podia tanto seduzir uma pessoa ("oi, docinho") quanto intimidar: "tá vendo aquele grandão ali? [aponta prum cara mal encarado que ele nunca viu na vida], ele é meu broder, se tu te meter comigo ele vai acabar contigo". Com aprendeu a se virar nas ruas ele podia tanto correr, pular um muro quando brigar (briga suja, jogar areia no olho, chutar o saco). Com rei das gambiarras, ele podia abrir um cadeado, um portão eletrônico ou fazer funcionar um computador alienígena.
Então, meu personagem se chamava Khajiit, era um charmoso trambiqueiro e rei das gambiarras que aprendeu a se virar nas ruas. Falava sobre si na terceira pessoa "a mercadoria de Khajiit tá rolando pelo penhasco!". E o visual foi inspirado no gostoso do Bodhi Rook.
Um diálogo da mesa (foi uma one-shot (ou talvez uma two-shots)):
- Khajiit precisava daquela mercadoria, Khajiit tem filhos pra alimentar...
- Vai te fudê ô Khajiit, tu não tem filho que eu sei!
- Mas... Khajiit poderia ter filhos! Khajiit tem que ir juntando dinheiro desde agora!
Imagens: Riz Ahmed como Bodhi Rook em Rogue One (2016), dir.Gareth Edwards.
Imagens: Riz Ahmed como Bodhi Rook em Rogue One (2016), dir.Gareth Edwards.
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EDIT: Uma versão do Khajiit, no Heroforge:
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