Eu já jogava D&D com esse grupo de amigos. São 3 jogadores + o narrador. A gente jogou cerca de 1 ano, e há mais de meio ano eles vinham me perguntando se eu toparia narrar Mago A Ascensão. Como eu já falei no post anterior, eu enrolei, enrolei até que finalmente topei.
O público-alvo é: 2 jogadores de D&D que nunca jogaram Mago e 1 que tinha jogado há muito tempo atrás (e eu, narrador iniciante).
Planejei então uma história voltada pra iniciantes. O que eu quero dizer com isso? Mago já é um jogo complexo pra caralho, tem certas coisas que vão adicionar tanta informação que vale a pena deixar de fora nesse momento e, talvez, introduzir numa outra crônica, no futuro.
Exemplos:
- A Aliança Discrepante do M20 (adorei eles, mas vamos começar com as 10 tradições do jogo clássico, já tem material suficiente pra lidar e se divertir).
- As mecânicas de Silêncio da 3a edição (também adoro, mas prefiro fazer eles sentirem na pele efeitos de paradoxo mais comuns como sangramento interno, ou aquelas sequelas tipo "tu fica com eletricidade estática no teu corpo por uma cena e todo aparelho que tu toca para de funcionar").
Isso não é só por que os jogadores teriam que lidar com mais informação ainda, é também porque eu, como narrador iniciante, não iria conseguir dar conta da história que eu bolei, do background de cada personagem, dos paradoxos, das procuras e epifanias, dos avatares, da improvisação, e MAIS outra facção secreta e dos silêncios.
Outra coisa: fiz questão de narrar os Despertares. É muito mais gostoso, imersivo, dramático e didático passar pelo Despertar durante a sessão de jogo.
Mais uma: como essa é uma "primeira vez" de quase todo mundo, eu queria que esse aprendizado mútuo fosse divertido, não disruptivo. Eu lembro que larguei uma mesa, alguns anos atrás, porque o DM era grosso comigo toda vez que eu não sabia de alguma coisa. Faz favor né, não sou obrigado a sair de casa pra aturar grosseria.
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