Fiz questão de começar com os Despertares. Já tinha pedido pra eles me descreverem em um parágrafo, e aproveitei pra incrementar.
Usei a seguinte estrutura: três rodadas pra três jogadores.
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🔶RODADA 1: (cena inicial)
🔸Jogador 1 (Adepto): Ele hackeia sem querer a Tecnocracia e os Homens de Preto aparecem na casa dele. Seu avatar (uma pessoa desconhecida da internet, lhe diz pra fugir). Os HdP o cercam, ele perde os sentidos por um instante. Quando acorda os agentes estão desacordados. Ele foge.
🔸Jogador 2 (Cultista): Ele desiste da faculdade e os pais ficam decepcionados.
🔸Jogador 3 (Verbena): No presente ela olha pra suas mãos ensanguentadas. Corta pra uma memória doce de infância: seu pai (um acólito) era muito afetivo. Volta pro presente, ainda olhando pras mãos ensanguentadas.
🔶RODADA 2: (cena intermediária)
🔸Jogador 1: Ele foge dos HdP, encontra sua futura mentora, ambos fogem juntos.
🔸Jogador 2: Ele vai pruma festa e descobre que a guria que gosta tá namorando outra guria. Tá sendo o pior dia da vida dele [eu ia pedir que o jogador Verbena interpretasse um dos amigos bêbados, mas eu me esqueci].
🔸Jogador 3: No presente, mãos ensanguentadas + lágrimas. Lembrança preocupante de adolescência: sua mãe (uma Verbena) era um tanto severa [aqui eu pedi pro jogador Adepto interpretar o pai legal]. Volta pras mãos ensanguentadas + lágrimas.
🔶RODADA 3: (cena final - o Despertar em si, surto de poder, o "milagre")
🔸Jogador 1: Jogador e mentora fugindo de carro. A Tecnocracia cerca eles. O jogador vê o mundo com "olhos de Forças". Ele sente que pode quase tudo. Eu pergunto: "o que tu faz?" e ele decide capotar os carros dos HdP. Mentora abre um portal de Correspondência e tira ambos de lá.
🔸Jogador 2: Ele bebe até morrer. É enterrado. O Avatar aparece e lhe mostra futuros possíveis: ele como advogado corrupto, político, drag queen. Avatar propõe: e se tu pudesse ser um herói, salvar vidas e ainda se divertir? O tempo volta, e é reescrito: ele não bebe até morrer. Vê o mundo com "olhos de Mente". Eu pergunto: "o que tu faz?". Ele decide dar alegria a todas as pessoas ao redor. Aquela foi a melhor noite da Cidade Baixa. O Conselheiro Cultista percebe o que aconteceu, o segue até um boteco e lhe dá um cartão.
🔸Jogador 3: No presente, mãos ensanguentadas + lágrimas + enxuga o rosto e acaba se sujando de sangue. Lembrança de algumas horas atrás: ela coloca cartas para tentar entender por que sua mãe tem mudado tanto o comportamento. Ela se vê num pomar com vários caminhos que se bifurcam e cartas gigantes de baralho cigano nas intersecções. Todos os caminhos levam a uma carta: seu próprio rosto, chorando, coberto por suas mãos ensanguentadas. O Avatar pergunta: "existe destino ou escolhas?" Jogador responde: "o destino são nossas escolhas". O Avatar mostra que, além da carta da dor, existem infinitos caminhos. Ela vê o pomar com "olhos de Vida", eu pergunto "o que tu faz?" ela se deita no chão e faz o pomar crescer. Quando sai do transe, as plantas da sua casa estão crescidas e floridas. O telefone toca, seu pai pedindo ajuda. [essa parte eu não narrei, mas está lá no histórico: ela volta pra casa, sua mãe se revela uma Nefandi, mata o pai com uma adaga e foge]. Finalmente retorno ao presente: mãos ensanguentadas + lágrimas + enxuga o rosto e acaba se sujando de sangue. Ela tenta curar o pai com Vida, mas o surto de poder do Despertar já foi embora.
🔶EPÍLOGO:
[Eu não narrei o epílogo, apenas relatei "eventualmente isso acontece". Talvez teria sido melhor investir mais uma meia horinha narrando propriamente, achei meio anti-climático].
🔸Jogador 1: Eventualmente a Mentora explica para o Adepto que ele tinha acabado de despertar e derrotou agentes da Tecnocracia.
🔸Jogador 2: Eventualmente ele vai até o local indicado no cartão, uma loja de artigos esotéricos, e os Cultistas lhe explicam que ele tinha acabado de despertar.
🔸Jogador 3: Eventualmente os Verbena a acolhem e lhe ajudam a lidar com o trauma.
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A duração foi de umas 2h ou 2h30, creio. Já sei que posso dividir cenas em três "atos" com um epílogo e não fica pesado.
Não usei ficha nem dados. É como a cena inicial do The Wicher 3: Geralt conversa com Yennefer. Há diálogo, mas nenhuma habilidade do personagem é usada.
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