A outra cena foi quando o grupo sequestrou e interrogou um dos agentes perseguidores. Ficou uma dúvida: o que fazer com ele? Ele tinha informação demais: a identidade dos guerrilheiros, o "aparelho" onde eles se escondiam. Enquanto os outros dois personagens ainda debatiam, Simone pega uma arma e executa o agente, com um tiro na testa. Naquela noite, deitada no sofá improvisado, ela tem um sonho: no momento em que ela puxa o gatilho, o agente balbucia o nome da sua amada. Ele poderia ter informação sobre seu paradeiro (se ela estava viva ou onde encontrar o corpo). Mas já é tarde demais, e a bala, em câmera lenta, penetra seu crânio. Simone acorda, assustada.
Ah, vocês querem saber se vencemos? Pelo que me lembro, fomos bem sucedidos em algumas da etapas preliminares, mas não em todas (o protesto que serviria de distração saiu meia-boca). Conseguimos recuperar a maior parte dos quadros e sequestramos o figurão. Como não foi um sucesso total, as consequências foram de medianas a boas: nossa ação desestabilizou, mas não depôs o governo ditatorial.
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Imagem: capa do Déloyal.
quinta-feira, 10 de março de 2022
DÉLOYAL 2/2 - Simone
Duas cenas ficaram na minha memória. Numa, Simone entra de penetra numa festa chique de uma socialite que não ia com a cara dela. O objetivo era cooptar artistas e intelectuais para o protesto da noite seguinte. Simone pula o muro do pátio e tem uma falha 💀. Eu achei que o narrador iria fazer ela quebrar um braço ou uma perna. Mas ele fez PIOR: O CASACO DELA RASGOU! E TODO MUNDO VIU! Simone se levantou, foi correndo até o lavabo, jogou fora o casaco rasgado e os óculos escuros, retocou a maquiagem, voltou para o quintal (as pessoas ainda estavam num alvoroço fofocando sobre a penetra) e disse: "O quê? Uma des-clas-si-fi-ca-da pulou o muro de penetra? E ainda rasgou o vestido? É o cúmulo!" #CrisisAverted
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