Esse Corpo Mortal é um jogo um pouco diferente dos RPGs que a gente tá acostumado, ele é uma narrativa compartilhada, tanto é que o narrador... não se chama assim, aqui ele é o Moderador. Não vou entrar nos pormenores das regras, vou apenas dar um panorama geral.

Eu também tinha falado que era uma narrativa compartilhada, né? E que o narrador se chamava Moderador, né? Então às vezes o Moderador começava uma cena: "vocês estão na delegacia de polícia e...". Às vezes um dos jogadores gastava um papelzinho pra começar uma cena: "eu vou no apê do suspeito pra interrogar ele". E os outros jogadores também podem gastar seus papeizinhos e entrar na cena criada pelo colega: "eu chego na porta da casa do suspeito pra tentar te impedir de esmurrar a cara dele". O resultado é que a história fica tipo um filme ou série onde todos são roteiristas, se alternando e se inserindo no roteiro do outro (ajudando e/ou atrapalhando os objetivos dos coleguinhas). E o resultado é ainda mais imprevisível do que a gente tá acostumado. O narr... digo, Moderador não tem como bolar um plano muito rígido.
Pra resolver as ações (tipo na na hora de dar um soco ou usar um poder) a gente aposta escondido quantos papeizinhos (e não dados) a gente vai investir na jogada. Depois revela, faz as contas e descobre quem ganhou.
🔶 O MUNDO: O sistema lida com magia. Nós decidimos que a nossa história seria de ficção científica, logo nossa magia virou tecnologia. Também em conjunto fomos construindo o mundo: um Brasil cyberpunk e pós apocalíptico. Porto Alegre e São Paulo se conurbaram numa gigantesca cidade. O pampa e região das Missões se tornaram um deserto, devido a algum cataclisma indefinido. Quem era rico podia pagar por implantes cibernéticos, quem era pobre usava peças mecânicas toscas improvisadas. E a Corporação controlava tudo.
No meio do jogo a gente ainda gastou mais uns papeizinhos pra adicionar outras coisas no mundo: nas ruínas dos Sete Povos das Missões viviam os párias que não se encaixavam nessa sociedade "perfeita".
Imagem 1: eu não sei
Imagem 2: capa do Esse Corpo Mortal
Imagem 3: cena de Akira (1988) dir. Katsuhiro Ôtomo
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EDIT: Recentemente fiz uma versão do Julia no Heroforge:
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