quinta-feira, 10 de março de 2022

DÉLOYAL 1/2 - Simone

Déloyal é um jogo bem diferente e maravilhoso, criado por brasileiros. A gente joga fazendo parte de uma Resistência contra uma força opressora. E o grupo pode construir o cenário!

A gente decidiu em conjunto que a história se passaria num país fictício, numa época equivalente aos anos 70 (a gente jogou ouvindo Tropicália).

Esse país estava sob uma ditadura militar e um havia um departamento do governo responsável pela ordem política e social. Em outras palavras, eram os agentes torturadores.

Nossos personagens formavam uma célula revolucionária. Antes do golpe militar Simone era uma mecenas das artes plásticas, até que eles sequestraram sua namorada, uma cantora que fazia músicas de protesto. Ela nunca mais foi vista, com certeza foi torturada e morta. Simone tinha até hoje pesadelos com a cena da abdução. O único detalhe reconhecível no agente que levou sua amada foi uma cicatriz circular nas costas da mão. Agora, ela era uma guerrilheira.

O governo tinha recentemente declarado que a arte contemporânea era degenerada, e muitos quadros foram retirados do museu da cidade. Nosso objetivo era recuperar esses quadros do depósito e sequestrar um político importante que iria aparecer na noite de uma vernissagem. Para isso, nós precisaríamos de uma distração: um protesto na frente do museu. E para o protesto dar certo, precisaríamos convencer o diretório acadêmico e um grupo de anarquistas a nos ajudar.

Não vou entrar nos pormenores das regras, mas essas etapas do plano que eu acabei de descrever são parte do sistema de jogo. É necessário ser bem sucedido parcial ou totalmente nas etapas pra descobrir se, no final, os personagens vão conseguir ou não atingir o objetivo final.

Foi uma one-shot de espionagem, perseguições, troca de tiros, disfarçes, discussões ideológicas, sabotagem.


Imagem 1: capa da revista Canoe
Imagem 2: capa do LP tropicália (1968)
Imagem 3: capa do LP Caetano Veloso (1968)

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Edit: Recentemente fiz uma versão da Simone no Heroforge:
 

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