Jogar ou narrar RPG / Fazer fichas de chars que eu nunca vou jogar
terça-feira, 18 de abril de 2023
quarta-feira, 12 de abril de 2023
ego?
Não sei se já falei isso aqui... /riso nervoso/...
Andei relendo meus posts e fiquei com a sensação que eu pareço arrogante pacarai, parece que meus personagens são sempre os maaaaais importantes e que as crônicas giram em torno deles...
É que eu prefiro não falar muito nos personagens que os outros jogadores criaram, acho que eles pertencem aos seus respectivos donos e eu não tenho o direito de falar por eles... Então eu acabo falando só da parte da crônica que entrava em contato com o meu char mesmo.
Na real pouquíssimas vezes eu tive uma ideia de destaque que impactou toda a narrativa.
segunda-feira, 10 de abril de 2023
balanço + futuras crônicas
Aprendi umas coisas com essa experiência de narrar [essas poucas sessões] dessa crônica de Mago.
🔸 Eu demorei uma tarde e uma noite de sábado e meia tarde de domingo explicando Mago pros jogadores. As facções da Guerra da Ascensão, As Tradições, As esferas, o Despertar, o Avatar, o básico do sistema, etc etc etc. Foi MUITO cansativo. Na próxima, se eu pegar jogadores iniciantes, eu vou explicar apenas o essencial, e o resto do aprendizado vai ser no jogo mesmo. Tipo... ao invés de levar um baita tempo pra explicar como é a Tecnocracia ou como são os Nefandi, ser mais econômico na explicação e deixar eles apanharem de um tecnocrata na mesa e verem um nefandus devorar os intestinos de uma criancinha. Show, don't tell.
🔸 No cenário da Segunda Edição ainda existe o Conselho. Isso é bom por um lado, porque os personagens dos jogadores vão ter alguém que coloque ordem na bagunça. Mas tem o lado ruim, porque isso pode viciar os personagens a pedir ajuda o tempo rodo. No cenário da Terceira Edição o Conselho foi destruído e muito provavelmente os personagens dos jogadores são os únicos magos residentes da cidade. O lado positivo é que os personagens vão ter que se virar sozinhos. Mas tem o lado ruim, talvez sem uma autoridade pode virar bagunça. Se da próxima vez eu pegar jogadores iniciantes estou pensando em usar o cenário da Terceira. Se algum personagem de jogador tentar ser arrogante ou violento com algum NPC ele pode ser espancado ou ter o braço decepado, aí ele vai aprender a ter noção na marra. Show, don't tell.
🔸 Eu sugeri pros jogadores a colocarem arete 3 e no mínimo uma esfera em 3, pra eles terem o gostinho de fazer as mágika tudo. Na minha experiência como jogador adulto, as crônicas acabam cedo demais (alguém engravida, um muda de cidade, outro vai fazer mestrado, etc) e não dá tempo de começar com arete baixo, investir pontinhos e chegar num nível de arete decente (3 ou 4). Quando eu era adolescente, a gente jogava crônicas que duravam três anos! Mas nessa crônica que eu narrei nas cenas de pancadaria o pessoal tinha mil possibilidades e não sabiam o que fazer. Talvez na próxima eu possa limitar o máximo de arete 2 na criação de personagens. Porque com menos possibilidades na manga o jogador vai poder se focar em um ou dois efeitos e aprender a usar direito.
Mas sei lá, isso é o que eu tô pensando agora, até ter uma oportunidade de narrar de novo eu posso mudar de ideia mais umas 297 vezes.
Ilustração da página 11 do livro M20 - Book of Secrets
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coisas que eu não vou admitir da próxima vez:
🔸Demora na entrega dos históricos. Sem todos os históricos na mão (impressos ou pdf) eu
não começo a narrar. Aconteceu de 2 jogadores verbalizarem pra mim como
eles queriam os personagens, ficaram legais. Foram 2 meses de férias,
começou a mesa, jogamos uns 2 meses e eles não tinham entregue. Eu
insisti... e eles me entregaram os históricos completamente diferentes do que eles verbalizaram quatro meses atrás. Óbvio né? Quem vai lembrar do que foi dito num bate papo casual quase meio ano antes?
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coisas que eu vou manter:
🔸Sem o arquétipo "monstro". Não narro pra psicopata. Os assassinos em série, estupradores, torturadores (nefandi) são os vilões. Vai fazer terapia, pelamordedeus.
🔸Exijo o mínimo de cooperação. "Ah, mas meu personagem é um solitário, ele não trabalha com ninguém". Então vai jogar Diablo sozinho na tua casa. Se tu veio prum jogo em grupo, aprende a jogar em grupo, cacêta.
crônica O TEMPO QUE NOS É DADO - A Capela do Conselho
Então, essa crônica acabou pela metade (novidade), e esse creio que seja o último material que eu fiz e acabei não postando. É o salão da Capela do Conselho de Porto Alegre. Paredes de pedra cinza áspera, chão de pedra negra. Cortinas de veludo roxo, mesa de madeira escura. O desenho no centro é um baixo relevo. A iluminação é fraca e o aroma lembra sala de teatro. Foi destruído no pogrom Tecnocrata em 2000, e reconstruído pelo novo conselho. As rachaduras foram mantidas, em memória daqueles que tombaram.